quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Desejos de Natal




Que neste Natal, eu possa lembrar dos que vivem em guerra, e fazer por eles uma prece de paz. Que eu possa lembrar dos que odeiam, e fazer por eles uma prece de amor. Que eu possa perdoar a todos que me magoaram, e fazer por eles uma prece de perdão. Que eu lembre dos desesperados, e faça por eles uma prece de esperança. Que eu esqueça as tristezas do ano que termina, e faça uma prece de alegria. Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor, e faça por ele uma prece de fé. Obrigada Senhor Por ter alimento, quando tantos passam o ano com fome. Por ter saúde, quando tantos sofrem neste momento. 
Por ter um lar, quando tantos dormem nas ruas. Por ser feliz, quando tantos choram na solidão. Por ter amor, quantos tantos vivem no ódio. Pela minha paz, quando tantos vivem o horror da guerra. Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz para você e para aqueles a quem ama!


.Autor Desconhecido.

domingo, 20 de dezembro de 2009

O Natal está chegando...


Quero, neste Natal, desejar não somente que tenha muitas felicidades neste dia, mas sim que Milagres te dominam, e te faça perceber que Natal não está somente na virada do dia 24 de Dezembro para o dia 25, mas está em todos os dias do ano. Nesta virada está apenas a concretização de todos os desejos feitos durante todo o ano que se passou. A noite de Natal é fantástica, a cidade fica toda iluminada, as pessoas sorridentes, e em instante tudo fica em paz... O Milagre do Natal está no nascimento de nosso salvador Jesus Cristo, Ele com toda certeza não deseja um único instante de paz, mas deseja que todos tenham um milagre dentro de si. O céu se ilumina, em homenagem a este dia tão sagrado entre todas as famílias. Os pedidos são de prosperidade, paz e amor... Mas se Natal é todos os dias do ano, por que então deixar para desejar felicidades somente em um único dia destes 365??? O Milagre de Natal está no sorriso que no dia-a-dia encontramos nas pessoas andando nas ruas, nas crianças brincando. Enfim, o Milagre Natalino está no desejo de cada um de ser feliz. Pois Milagres existem sim, principalmente com tamanha benção de Deus, Muitas Glórias, Conquistas e Emoções podem ser desejadas. Pois o Natal do dia 25 está chegando, Faça seus desejos e acredite em todos eles, Pois estão prestes a se concretizar nesta noite especial... FELIZ NATAL!!! E MUITA PROSPERIDADE NESTE DIA E EM TODOS OS DIAS DO ANO QUE ESTÁ PRESTES A NASCER!!!


.Fabiana Thais Oliveira.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Precisamos dizer hoje que amamos…


“Porque vamos morrer, precisamos dizer hoje que amamos… Fazer hoje o que desejamos tanto, abraçar hoje o filho ou o amigo. Temos de ser decentes hoje, generosos hoje … devíamos tentar ser felizes hoje. A morte não nos persegue: apenas espera, pois nós é que corremos para o colo dela. O modo como vamos chegar lá é coisa que podemos decidir em todos os anos de nosso tempo.”


.Lya Luft, em Perdas e Ganhos.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Beleza...?


Estão todos procurando pela perfeição.. E é uma pena que essa beleza não seja a que realmente importa.... Um dos meus músicos favoritos, em um minuto de grande inspiração disse em uma de suas canções :  "Baby você não precisa de um salão de beleza. Há menos beleza num salão de beleza, a sua beleza é bem maior Do que qualquer beleza De qualquer salão..." As pessoas estão assim tão artificiais, tão iguais.... A morena perde a alegria, por não ter o cabelo liso da Loira... A Loira perde a beleza, por possuir o estigma de burra. Os bustos pequenos, são substituído pelo plástico.... E o que realmente importa, acaba sendo empacotado.... A fabrica de ilusões sorri, e as pessoas tentam se enquadrar... As árvores perdem a liberdade, até elas não fogem a poda que as enquadra todas, umas iguais as outras.... E as individualidades perdem sua graça, pois a graça está no igual no aprovado.... E mais uma vez a menina voltando a sua infancia, lembra de autor meio esquecido.... e lembra que os Homens acabam se esquecendo "que o essencial é invisivel aos olhos".


.Autor Desconhecido.


"Ainda não vi ninguém que ame a virtude tanto quanto ama a beleza do corpo." Confúncio.

Tudo Vale a Pena..


Durma quando o sono bater. Acorde quando Deus quiser. Assista menos TV. Cante no Chuveiro.
Escreva um livro. Faça um filme. E se apaixone todo dia por você.


Pare tudo ao entardecer. Não importa o que tiver pra fazer. Veja o Sol se pondo no mar. Ria sem motivo. Pinte um quadro. Veja desenho animado.
E se apaixone de verdade por alguém.


Faça tudo valer a pena. A vida é tão imensa e ao mesmo tempo é tão pequena. Faça tudo valer a pena. Dizer eu te amo não devia ser um problema.


Faça o que quiser fazer. Fale o que a voz quer dizer. Que seja como tiver de ser. Jogue o seu relógio fora. Conte estrelas. Molde Nuvens. Se apaixone todo dia pelo mesmo alguém.


Faça tudo valer a pena. A vida é tão imensa e ao mesmo tempo é tão pequena. Faça tudo valer a pena. Dizer eu te amo não devia ser um problema, pois: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena." Fernando Pessoa.


.Autor Desconhecido.

Arrependimento


Existem coisas na vida das quais eu realmente me arrependo... 
Da palavra que eu não disse quando deveria ter dito. 
Do problema que deixei de resolver por achar que seria difícil.
Da oportunidade que deixei passar por achar que seria impossível.
Da luta que deixei de travar por imaginar que não valia a pena.
Do sonho que deixei de sonhar para viver a dura realidade.
Das coisas que deixei de aprender por acreditar que não tinha mais a saber.
Das lagrimas que não derramei por vergonha de demonstrar o que sentia.
Do grito que não dei quando estava com aquele nó na garganta.
Do amor que julguei perdido e deixei ir sem lutar.
De ter sido tão superficial quando o que eu queria era ter-me aprofundado.
Do caminho que deixei de seguir por não saber se seria seguro.
Arrependo-me de ter sido tão covarde em não arriscar conhecer o desconhecido.


.K. Humpel.


"Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo." William Shakespeare.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Menestrel


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam. E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la. E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa. por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo; mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve. Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. 
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens. Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.


.William Shakespeare.

domingo, 15 de novembro de 2009

O Perdão.



Todos nós buscamos a felicidade. Mas que felicidade é essa que quanto mais se procura mais distante fica? Para que realmente a encontremos é necessário conhecermos a nós mesmos e colocarmos em prática a nossa reforma íntima, ou seja, a renovação das nossas atitudes. Por isso, hoje, falaremos sobre o perdão, uma das maiores virtudes, através das quais alcançaremos a paz e a felicidade interior. Como nos mostra Miramez em Horizontes da Mente, o PERDÃO é um fato, sem que exista discussão sobre o assunto, pois se fundamenta no amor e é sustentado pela caridade, sem insultar a lei da justiça. Infelizmente, nosso conceito de perdão pode limitar ou dificultar a nossa capacidade de perdoar. Dizem que perdoar é coisa de gente fraca, medrosa, boba. Possuímos crenças negativas de que perdoar é aceitar de forma passiva tudo o que nos fizeram. Achamos que perdoar é aceitar agressões, desrespeito aos nossos direitos. Muitos afirmam: "eu não levo desaforo para casa!.." Somos alguns destes? Será que a pessoa que perdoa demonstra fraqueza de caráter? Temos a certeza que não. Aliás esta certeza não é nossa, mas do Cristo que nos recomendou e viveu o perdão incondicional. E não consta que o Mestre tenha demonstrado em Sua vida fraqueza de caráter. Alguns até pensaram que ele era meio fraco, já que quando perseguido e açoitado, não esboçou qualquer gesto de reação e no auge do seu martírio ainda foi capaz de pedir ao Pai que perdoasse os seus ofensores. Até hoje ninguém lembra daqueles que o crucificaram, mas o nome do "imaginado fraco", do grande pacificador, cruzou os mares, venceu a linha do tempo, ficando conhecido em todo o mundo, a tal ponto de dividir a história da humanidade em antes e depois Dele. Não existe uma razão plausível para não perdoar, mas existem muitas razões para exercitarmos o perdão. Vamos ver algumas delas? A primeira razão para perdoar encontra-se na constatação de que todos nós ainda somos imperfeitos. Não há ninguém, no atual estágio do planeta Terra, que tenha atingido a perfeição, por isso, o erro faz parte das nossas vidas. A visão da eternidade, que a doutrina espírita nos mostra, abre os nossos horizontes, pois se já percorremos inúmeras encarnações, muito já aprendemos, porém temos que aprender outras centenas de lições. E como o Criador está em constante processo de criação, cada um de nós iniciou sua trajetória evolutiva em época diferente da dos demais. Logo, cada um de nós está em determinada faixa evolutiva, com determinados aprendizados já realizados e com muitos outros a serem realizados. Então, se alguém nos ofende, não o faz por maldade, mas por ignorância. Ignorância, significa, que quem nos ofendeu ignora, ainda não aprendeu a lição do respeito. Somente quem tem a visão da imortalidade do espírito pode compreender a trajetória que todos nós realizamos, passo a passo, degrau a degrau. Um exemplo simples: se déssemos a um aluno do Primeiro Grau uma equação algébrica para ele resolver, dificilmente conseguiria e nem por isso seus professores ficariam decepcionados com ele. Simplesmente entenderiam que ele não estava em condições de resolver o problema. Ele ainda era ignorante em álgebra. Futuramente não será mais. Sendo assim, haveremos de aceitar as pessoas como elas são; cheias de virtudes e defeitos. 
Não há perfeição, ainda somos imperfeitos. Vamos sair da ilusão de que os outros devem ser perfeitos, principalmente quando agem conosco. Muitos dizem: "Ah, eu me desiludi com aquela pessoa". É claro! Sabem porquê? Porque se iludiram com ela, pensando que esta seria perfeita o tempo todo. Provavelmente, notaram muitas virtudes e aí passaram a imaginar que aquela pessoa era um "anjo caído do céu", mas quando esta mostrou os seus defeitos, veio a desilusão, o engano, a decepção. Aí, muitos dizem que não conseguem perdoar porque estão muito magoados. Porém, o problema não está no outro, pois era previsível que por mais especial que esta pessoa fosse, um dia acabaria agindo de forma diferente daquela que esperávamos. O erro está em nós, que não aceitamos as pessoas como elas são. Será que estamos aceitando as pessoas como são? Será que não estamos esperando muito dos outros? Será que estamos esperando lidar com seres angélicos num planeta de provas e expiações? Podemos dizer: Sem Aceitação, Não há Perdão! Nos aceitando e aos nossos irmãos como eles são, nossos relacionamentos ficarão melhores. Sabem porquê? Porque não haverá tanta cobrança, tanta expectativa. E quando eles ou nós errarmos, e eventualmente nos prejudicarmos, haveremos de lembrar do Mestre Jesus, que perdoou a todos, exatamente porque aceitou a cada um de nós do jeitinho que somos. Um outro motivo para esquecermos as ofensas está na constatação de que o perdão traz um grande alívio para quem perdoa. Nem sempre para quem é perdoado. Porque muitas vezes quem é perdoado não consegue se livrar da sua consciência, mas este também precisa aprender a se perdoar e a recomeçar novamente. O autoperdão também é importante. Para que reconhecendo os nossos erros encontremos forças para reformular nossas atitudes e começar uma nova vida. Considerando a própria fragilidade, o indivíduo deve conceder-se a oportunidade de reparar os males praticados, reabilitando-se perante si mesmo e perante aqueles a quem haja prejudicado. O arrependimento, puro e simples, se não acompanhado da ação reparadora, é tão inócuo e prejudicial quanto a falta dele. O autoperdão ajuda o amadurecimento moral, porque propicia clara visão responsabilidade, levando o indivíduo a cuidadosas reflexões, antes de tomar atitudes agressivas ou negligentes, precipitadas ou contraditórias no futuro. Quando alguém se perdoa, aprende também a desculpar, oferecendo a mesma oportunidade ao seu próximo. Caso não nos perdoarmos ou não perdoarmos alguém, carregaremos os sentimentos de mágoa e ressentimentos e este lixo tóxico produzirá em nosso organismo doenças de difícil tratamento. Por que? Porque se alimentarmos idéias de ódio e vingança entramos na mesma sintonia de agressão e sobrecarregamos nossos centros energéticos, perturbando o nosso organismo, desencadeando um mundo de distúrbios, fazendo com que nosso espírito sofra as conseqüências do que provocou. Eis o porquê do PERDÃO. Muitos podem estar se perguntando como podemos aprender a perdoar. Uma das ferramentas básicas para alcançarmos o perdão real, é conseguirmos nos manter a uma certa "distância psíquica" da pessoa, do problema ou das discussões. O que seria esta distância psíquica? É conseguirmos analisar, o problema como se não fosse conosco. Porque este distanciamento fará com que não exageremos na interpretação do problema, caindo em impulsos desequilibrados causando uma sobrecarga em nossa energia mental. A mente com este desequilíbrio dificulta o perdão. Então, nos desligando da agressão ou do desrespeito, nosso pensamento vai sintonizar com mais clareza e nitidez no bem, renovando a "atmosfera mental". Ao desprendermo-nos mentalmente, passamos a usar construtivamente os poderes do nosso pensamento, evitando os "deveria ter falado ou agido", eliminando da nossa imaginação os acontecimentos infelizes que aconteceram conosco. É fator imprescindível, ao "separar-nos" emocionalmente de acontecimentos infelizes, a TERAPIA DA PRECE como forma de nos harmonizarmos, pois a prece refaz os sentimentos de paz e serenidade, facilitando a harmonização interior. Desligar-se não é um processo de nos tornar insensíveis e frios, comportando-nos como criaturas inacessíveis as ofensas e críticas. Desligar-se, quer dizer deixar de alimentar-se das relações destrutivas, desvincular-se mentalmente das relações doentias ou de problemas que não podemos solucionar no momento. 

Ao soltarmo-nos desses fluidos que nos amarram a essas crises, temos a chance de enxergarmos novas formas de resolver dificuldades e desenvolvermos a nobre tarefa de nos compreender e compreender os outros. Quando aceitaremos fazer este "distanciamento" mais facilmente? Quando conseguirmos acreditar que cada ser humano é capaz de resolver seus problemas, e é responsável por todos os seus feitos na vida, permitindo que sejam, e se comportem como queiram, dando-nos a nós essa mesma liberdade. Viver nos impondo certa "distância psicológica" às pessoas ou coisas problemáticas, sejam entes queridos difíceis ou companheiros complicados, não significa que deixaremos de nos importar com eles ou de amá-los ou de perdoar-lhes, mas sim de viver sem enlouquecer pela ânsia de tudo compreender, suportar e admitir. Compreendendo, que ao promovermos, este distanciamento psicológico, teremos mais habilidade e disponibilidade para percebermos o processo que há por trás dos comportamentos agressivos, permitindo-nos não reagir da mesma maneira que fazíamos e sim olharmos "como é, como está sendo feito" nosso modo de nos relacionar com os outros, isto nos leva a começar a entender a dinâmica do perdão. Uma das mais eficientes técnicas de perdoar é retomar o vital contato conosco mesmo, deixando-nos de ser vítimas de forças fora do nosso controle para transformar-nos em criaturas que criam sua própria realidade de vida, pois como já diz o nosso querido Divaldo Pereira Franco: "O PERDÃO É SEMPRE PARA QUEM PERDOA". Por isso, não nos contaminemos pela raiva, pela cólera e pela mágoa. Vivamos em paz e com a nossa consciência tranqüila pronta para merecer o perdão das pessoas que prejudicamos com os nossos atos, palavras e pensamentos, pois somente será perdoado aquele que perdoa. Essa é a lei. Façamos uma proposta conosco mesmo: passemos uma borracha em todos os sentimentos de mágoa que e ainda temos. Libertemo-nos do ódio, expulsemos a mágoa, perdoemos os nossos ofensores e a nós mesmos, pois todos nós necessitamos do perdão Deus ensinado por Jesus na oração do Pai Nosso. Se Deus, a Suprema Bondade, compreende nosso erros, porque não haveríamos de entender os erros alheios? Experimente perdoar, pois quem aprender a perdoar jamais se esquecerá, por sentir os efeitos de felicidade que advém deste fato.


.Cristiane Bicca.

sábado, 14 de novembro de 2009

Nada Acontece Por Acaso!







Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta em porta para pagar seus estudos, viu que só lhe restava uma simples moeda de dez centavos e tinha fome. Decidiu que pediria comida na próxima casa. Porém, seus nervos o traíram quando uma encantadora mulher jovem lhe abriu a porta. Em vez de comida, pediu um copo de água. Ela pensou que jovem parecia faminto e assim lhe deu um grande copo de leite. Ele bebeu devagar e depois lhe perguntou: Quanto lhe devo? Não me deves nada - respondeu ela. E continuou: Minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar pagamento por uma oferta caridosa. Ele disse: Pois te agradeço de todo coração. Quando Howard Kelly saiu daquela casa, não só se sentiu mais forte fisicamente, mas também sua fé em Deus e nos homens ficou mais forte. Ele já estava resignado a se render e deixar tudo. Anos depois, essa jovem mulher ficou gravemente doente. Os médicos locais estavam confusos. Finalmente a enviaram à cidade grande, onde chamaram um especialista para estudar sua rara enfermidade. Chamaram o Dr.Howard Kelly. Quando escutou o nome do povoado de onde ela viera, uma estranha luz encheu seus olhos. Imediatamente, vestido com a sua bata de médico, foi ver a paciente. Reconheceu imediatamente aquela mulher. 
Determinou-se a fazer o melhor para salvar aquela vida. Passou a dedicar atenção especial àquela paciente. Depois de uma demorada luta pela vida da enferma, ganhou a batalha. O Dr. Kelly pediu a administração do hospital que lhe enviasse a fatura total dos gastos para aprová-la. Ele a conferiu, depois escreveu algo e mandou entregá-la no quarto da paciente. Ela tinha medo de abri-la, porque sabia que levaria o resto da sua vida para pagar todos os gastos. Mas finalmente abriu a fatura algo lhe chamou a atenção, pois estava escrito o seguinte: "Totalmente pago há muitos anos com um copo de leite ass.: Dr.Howard Kelly." Lágrimas de alegria correram dos olhos da mulher e seu coração feliz rezou assim: “Graças meu Deus porque teu amor se manifestou nas mãos e nos corações humanos."


"Na vida nada acontece por acaso. O que você faz hoje, pode fazer a diferença em sua vida amanhã."


.Autor Desconhecido.








domingo, 8 de novembro de 2009

Seja luz no mundo!


Você é a luz do mundo! Deus não fala que você deve ser, e sim, que você já o é. Nós temos que brilhar, porque esta é a finalidade da luz, pois, esta tem de ficar o mais alto que puder, para que possa iluminar o ambiente. Não tenha vergonha de ser luz e de desempenhar o papel dela, peça ao Senhor para que você tenha atitude de filho da luz, para que, olhando para sua vida, repare o tempo que você já perdeu talvez por vergonha de sê-lo. Deus precisa de milhares de pessoas cheias do Espírito Santo, em todos os lugares, porque essa é a única maneira do nosso povo ser transformado: a partir de homens e mulheres cheios do Espírito Santo, crescendo cada vez mais na graça deste batismo. Aqueles que receberam o Paráclito, levem a sério essa graça! Deus quer renovar essa nação, quer realizar curas, milagres e prodígios, quer pregar Sua Palavra. Ele quer transformar as pessoas. João veio e pregou a conversão: "Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus" (Mateus 3, 2). Esforcemo-nos por conhecer o Senhor: Sua chegada é certa como a aurora. Sua vinda é certa como o sol da manhã, por isso, esforcemo-nos por conhecê-Lo (cf. Oséias 6,3). Não há outra maneira de levar o Senhor aos nossos irmãos, levá-los à conversão, a uma vida nova, a não ser por intermédio do Santo Espírito de Deus. Não há outra maneira de mudar nossas famílias, pois para que sejam realmente famílias cristãs é somente pelo poder d'Ele. Por meio do Espírito Santo, conseguimos caminhar por vias mais santas. Por Ele nossos corações são conduzidos ao alto. Através d'Ele os fracos são conduzidos pelas mãos e os que buscam a virtude e os caminhos retos chegam à perfeição. O Divino Amigo é o doador de todos os dons que necesitamos para a nossa santificação: por isso precisamos pedir sempre: Vinde, Espírito Santo! É a hora do Espírito! É a hora da Igreja! O Espírito e a Esposa [Igreja] dizem: Vem, Senhor Jesus!


.Monsenhor Jonas Abib.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Não Desista!


Há muitas razões para você ter medo de tentar, muitas razões para falhar, muitas razões para desistir, muitas razões para voltar à sua concha e esperar a vida se esgotar, aos poucos. Jogando fora um dia de cada vez. Sim. Há muitas razões para acreditar naquela voz, dentro da 
sua cabeça, que tenta anular você, corromper seu potencial e convencer você de que é um desperdício tentar dar o próximo passo. Essa voz diz: "Para que escrever a própria história? Assista tv, e viva a história de outros, coma mais e não se exercite, para destruir sua principal máquina de mudar seu mundo; esqueça o amor, anule-se". Estas são as mensagens que tentam derrubar você. Há muitas razões para desistir. Todas, absolutamente todas, falsas. Os limites estão em você, não em regras criadas por outros. Nossa sociedade é dominada pela absurda "lei das médias". Se a maioria não consegue, tentam fazer com que você acredite que jamais conseguirá. Aleijadinho não acreditava na voz interior que dizia, com toda a lógica do mundo, que "aleijados não podem ser escultores". Era lógico, mas era falso. Santos Dummond não acreditou nos compatrioras que insistiam em dizer que o homem não poderia voar com um veículo mais pesado que o ar. Era lógico, mas era falso. O mundo é plano, diziam aos navegadores. Era lógico, mas era falso. Há muitas coisas nas quais você acredita, com lógica, mas que são absolutamente falsas. É fácil inventar uma razão, um motivo aparentemente lógico, para qualquer coisa. Mas sua vida pode ser muito mais do que um amontoado de desculpas lógicas. Sua vida é muito mais do que qualquer razão para desistir de um sonho. Sua vida é muito mais do que seu passado ruim, suas experiências de dor e seus medos ancestrais. Sua vida é tudo o que ainda virá. Não importam os limites do seu passado, eles não existem mais. Seu futuro pode ser tudo o que você desejar. Escolha os companheiros de viagem... e vá. Por isso, toda vez que escutar uma voz dentro de você dizendo "você não é um pintor", então pinte sem parar, de todos os modos possíveis, e aqule avoz será silenciada, como afirmou Van Gogh, um dos maiores pintores da história. Substitua a palavra "pintor" por engenheiro, jornalista, médico, arquiteto, policial, mãe, professor, motorista, cantor, ator, escritor.. ou o que você desejar. E acredite nisso: sua mente e seu corpo são obrigados a seguirem as suas decisões, suas ações e suas crenças. Silencie a voz que tenta derrubar você. Porque ela pode até ser lógica, mas é falsa. Não acredite nela.


.Aldo Novak.

sábado, 24 de outubro de 2009

Nossos Dias Melhores Nunca Virão?!



Ando em crise, numa boa, nada de grave. Mas, ando em crise com o tempo. Que estranho "presente" é este que vivemos hoje, correndo sempre por nada, como se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a vida, como se nossos músculos, ossos e sangue estivessem correndo atrás de um tempo mais rápido. As utopias liberais do século XX diziam que teríamos mais ócio, mais paz com a tecnologia. Acontece que a tecnologia não está aí para distribuir sossego, mas para incrementar competição e produtividade, não só das empresas, mas a produtividade dos humanos, dos corpos. Tudo sugere velocidade, urgência, nossa vida está sempre aquém de alguma tarefa. A tecnologia nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas, fábricas vivas, chips, pílulas para tudo. Temos de funcionar, não de viver. Por que tudo tão rápido? Para chegar aonde? A este mundo ridículo que nos oferecem, para morrermos na busca da ilusão narcisista de que vivemos para gozar sem parar? Mas gozar como? Nossa vida é uma ejaculação precoce. Estamos todos gozando sem fruição, um gozo sem prazer, quantitativo. Antes, tínhamos passado e futuro; agora, tudo é um "enorme presente", na expressão de Norman Mailer. E este "enorme presente" é reproduzido com perfeição técnica cada vez maior, nos fazendo boiar num tempo parado, mas incessante, num futuro que "não pára de não chegar". Antes, tínhamos os velhos filmes em preto-e-branco, fora de foco, as fotos amareladas, que nos davam a sensação de que o passado era precário e o futuro seria luminoso. Nada. Nunca estaremos no futuro. E, sem o sentido da passagem dos dias, da sucessibilidade de momentos, de começo e fim, ficamos também sem presente, vamos perdendo a noção de nosso desejo, que fica sem sossego, sem noite e sem dia. Estamos cada vez mais em trânsito, como carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa, e cada vez mais nossa identidade vai sendo programada. O tempo é uma invenção da produção. Não há tempo para os bichos. Se quisermos manhã, dia e noite, temos de ir morar no mato. Há alguns anos, eu vi um documentário chamado Tigrero, do cineasta finlandês Mika Kaurismaki e do Jim Jarmusch sobre um filme que o Samuel Fuller ia fazer no Brasil, em 1951. Ele veio, na época, e filmou uma aldeia de índios no interior do Mato Grosso. A produção não rolou e, em 92, Samuel Fuller, já com 83 anos, voltou à aldeia e exibiu para os índios o material colorido de 50 anos atrás. E também registrou, hoje, os índios vendo seu passado na tela. Eles nunca tinham visto um filme e o resultado é das coisas mais lindas e assustadoras que já vi. Eu vi os índios descobrindo o tempo. Eles se viam crianças, viam seus mortos, ainda vivos e dançando. Seus rostos viam um milagre. A partir desse momento, eles passaram a ter passado e futuro. Foram incluídos num decorrer, num "devir" que não havia. Hoje, esses índios estão em trânsito entre algo que foram e algo que nunca serão. O tempo foi uma doença que passamos para eles, como a gripe. E pior: as imagens de 50 anos é que pareciam mostrar o "presente" verdadeiro deles. Eram mais naturais, mais selvagens, mais puros naquela época. Agora, de calção e sandália, pareciam estar numa espécie de "passado" daquele presente. Algo decaiu, piorou, algo involuiu neles. Lembrando disso, outro dia, fui atrás de velhos filmes de 8mm que meu pai rodou há 50 anos também. Queria ver o meu passado, ver se havia ali alguma chave que explicasse meu presente hoje, que prenunciasse minha identidade ou denunciasse algo que perdi, ou que o Brasil perdeu... Em meio às imagens trêmulas, riscadas, fora de foco, vi a precariedade de minha pobre família de classe média, tentando exibir uma felicidade familiar que até existia, mas precária, constrangida; e eu ali, menino comprido feito um bambu no vento, já denotando a insegurança que até hoje me alarma. Minha crise de identidade já estava traçada. E não eram imagens de um passado bom que decaiu, como entre os índios. Era um presente atrasado, aquém de si mesmo. A mesma impressão tive ao ver o filme famoso de Orson Welles, It's All True, em que ele mostra o carnaval carioca de 1942 - únicas imagens em cores do País nessa década. Pois bem, dava para ver, nos corpinhos dançantes do carnaval sem som, uma medíocre animação carioca, com pobres baianinhas em tímidos meneios, galãs fraquinhos imitando Clark Gable, uma falta de saúde no ar, uma fragilidade indefesa e ignorante daquele povinho iludido pelos burocratas da capital. Dava para ver ali que, como no filme de minha família, estavam aquém do presente deles, que já faltava muito naquele passado. Vendo filmes americanos dos anos 40, não sentimos falta de nada. Com suas geladeiras brancas e telefones pretos, tudo já funcionava como hoje. O "hoje" deles é apenas uma decorrência contínua daqueles anos. Mudaram as formas, o corte das roupas, mas eles, no passado, estavam à altura de sua época. A Depressão econômica tinha passado, como um grande trauma, e não aparecia como o nosso subdesenvolvimento endêmico. Para os americanos, o passado estava de acordo com sua época. Em 42, éramos carentes de alguma coisa que não percebíamos. Olhando nosso passado é que vemos como somos atrasados no presente. Nos filmes brasileiros antigos, parece que todos morreram sem conhecer seus melhores dias. E nós, hoje, nesta infernal transição entre o atraso e uma modernização que não chega nunca? Quando o Brasil vai crescer? Quando cairão afinal os "juros" da vida? Chego a ter inveja das multidões pobres do Islã: aboliram o tempo e vivem na eternidade de seu atraso. Aqui, sem futuro, vivemos nessa ansiedade individualista medíocre, nesse narcisismo brega que nos assola na moda, no amor, no sexo, nessa fome de aparecer para existir. Nosso atraso cria a utopia de que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser subdesenvolvido não é "não ter futuro"; é nunca estar no presente.

.Arnaldo Jabor.

sábado, 10 de outubro de 2009

Experimenta! Experimenta! Experimenta!




Experimenta fazer o bem. Experimenta sorrir para alguém. Experimenta fazer um carinho. Experimenta falar algo doce. Experimenta ouvir atentamente alguém em aflição. Experimenta ser sincero. Experimenta dançar como se ninguém estivesse te olhando. Experimenta enxergar com os olhos da alma. Experimenta fechar os olhos e se imaginar num lugar lindo, fazendo coisas que você mais deseja. Experimenta parar um pouco, esquecendo das preocupações da vida, e contemplar o céu à noite, as estrelas e a lua bem cheia. Experimenta ficar um pouco sentado na areia da praia em frente ao mar acompanhando o balanço das ondas, o sol. Experimenta algum prato que você adore, mesmo estando de dieta, saia um pouco dessa paranóia! Experimenta ouvir um boa música. Experimenta inventar algo, qualquer coisa mesmo que seja uma receita nova. É muito boa a sensação de ver sua alma, seu sentimento como parte de algo único.


Enfim..

Experimenta de vez em quando fazer algo que te faça bem, mesmo que aos olhos dos outros pareça ridículo ou fora dos padrões normais. Mas é claro, com responsabilidade e sem prejudicar ninguém. O que vale é sua felicidade, seu bem-estar. Pois a vida passa e cada segundo passado não volta atrás. O passado não importa, o futuro é uma incógnita e o que conta mesmo é o presente!



.Nilza Rodrigues.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Talvez...


Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender. Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva,mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras. Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebeu ameaçados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão. Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer. Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança.E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito. Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”, arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível.Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter. Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos): não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora. Não tenha mêdo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade;não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração;contar a verdade do tamanho do amor que sente. Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança. Sem mêdo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade. Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor,ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito(a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser. Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.


.Artur da Távola.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A alegria de viver.


A alegria e otimismo eram sua marca registrada. Não que fosse uma alucinada ou que vivesse apenas no mundo da lua. Pelo contrário, era bem realista, sabia das dificuldades, conhecia o sofrimento, mas não se deixava abater. Chorava suas mágoas, mas na manhã seguinte novamente passava o batom e ia a luta. Enfrentava inúmeras provocações de pessoas que se sentiam incomodadas pelo seu brilho e faziam de tudo para machucá-la. E foi sim, muitas vezes machucada e enganada. Mas mesmo assim, ela não perdia a alegria de viver. Não fazia da vida um conto de fadas, nem ficava esperando o príncipe encantado chegar, apenas vivia e acreditava sim, que as coisas podiam ser boas e que a felicidade não era uma completa utopia. Inúmeras vezes foi parada nas curvas da vida e questionada como podia ser assim, se o mundo estava repleto de dor, se tantas pessoas sofriam, se a depressão era uma doença que crescia a cada instante e a esperança encontrava-se perdida em algum lugar. Como podia ser tão otimista diante de tanta tristeza? Mas ela conhecia essa realidade, não era uma pessoa insensível, porém, ao invés de lamentar o sofrimento, procurava uma maneira de derrotá-lo. Valorizava o “estado de luto”, mas só por um tempo. Jamais se fechava em um quarto escuro, aliás a luz a fascinava. O contato com as pessoas e o que poderia aprender com elas, era o seu maior divã. Lógico que sentia medo, insegurança, revolta, tristeza, era uma pessoa de carne e osso, não um anjo que se perdeu na terra. Mas ao contrário da maioria, não se deixava dominar por esses sentimentos. Acreditava muito que sempre poderia mudar a sua vida, que poderia fazer algo melhor. E quantas vezes ouviu ironias pelo seu jeito. Diziam que fingia, que guardava uma grande dor, que não compartilhava seus sentimentos e passavam tanto tempo procurando uma explicação para o seu jeito. Mas não havia uma grande explicação ou conspiração como acreditavam alguns. Ela apenas tinha um imenso prazer de estar viva, de poder caminhar, enxergar, falar, dançar ( ou fingir que dançava, aí sim ela fingia...), enfim permitia que o sol iluminasse sua vida. E se estivesse chovendo? Reclamaria com certeza, mas não deixaria de viver. Acreditava que a vida não era para ser vivida apenas em algumas estações, mas sim por completo, a cada momento. Se passava por uma dificuldade, ficava preocupada, mas não permitia que isso a paralisasse. Permitia-se fazer grandes viagens, mesmo que não saísse do lugar. Não, não tinha problemas mentais. Apenas viajava muito, viajava pelo seu mundo interno, queria conhecer o seu espírito, compreender os seus sentimentos e mostrá-los ao mundo. Ah, então era metida? Não, ela não precisava que ficassem reconhecendo o seu valor, até gostava de receber elogios, mas esse não era o seu principal objetivo. Apenas queria viver. Sabia que o tempo não era eterno e nem tinha garantias se no próximo segundo ainda estaria aqui. Por isso, queria aproveitar o agora. Muitos também a admiravam. Mas todos questionavam a sua força interna. Não que ela fosse privilegiada, mas apenas estava querendo ver o lado bom das coisas. Os momentos de sofrimento, até mais do que os de alegria, não traziam apenas dor, mas também vinham acompanhados de grandes lições. Não, ela não era maluca. Apenas não ficava cultivando a dor eternamente. Em sua vida, já havia perdido algumas pessoas ou sido obrigada a abandonar coisas que amava. Mas não se tornara melancólica, tinha plena consciência que iria reencontrar as pessoas que ainda amava nessa ou em outra vida, não importava como, mas sabia que os laços eram eternos. E falava das perdas naturalmente, afinal sabia que nada estava perdido eternamente e sim que estava vivendo outras situações. Situações essas, que eram necessárias para a sua evolução espiritual. Muitos ficavam incrédulos diante de tal atitude. Não podiam achar natural, esperavam que ela chorasse, desmaiasse, fosse rancorosa, solitária e infeliz. Mas isso realmente não combinava com ela. Não queria ser considerada um exemplo, um símbolo, um anjo “de topo de escada” ou uma Celebridade. Isso para ela, realmente não fazia a menor importância. Ela seguia o seu caminho, errando muitas vezes, caindo e se machucando, mas sempre continuando. Em alguns momentos se sentia incomodada com pessoas que faziam de tudo para mostrar que ela estava errada. Até raiva sentia. Mas no momento seguinte, percebia que não valia a pena e que ninguém iria mudar o seu jeito de ser. Não vivia num mundo de ilusão, como sugeriam alguns. Mas também ,não queria viver num mundo sem sonhos. Ela acreditava em seus sonhos e mesmo que não conseguisse realizar tudo o que queria, estava consciente que a vida valia a pena. E ela era assim, jamais desistia. Podia ser ferida, mas morta jamais! Tinha suas fraquezas, defeitos, receios e tristezas, como todo ser humano, mas a sua força interna, ah, essa era enorme. E talvez fosse isso que ninguém conseguisse explicar. Mas para ela isso também não importava, não se ligava a coisas racionais, o sentimento era o seu foco principal. Sim, ela era alegre e otimista. Fosse nos dias de chuva ou sol. Para ela, não importava os fatores externos, mas sim o que sentia.
E ela sentia uma imensa alegria de viver!!



.Sônia Carvalho.

sábado, 26 de setembro de 2009

O Amor Impossível é o Verdadeiro Amor


Outro dia escrevi um artigo sobre o amor. Depois, escrevi outro sobre sexo. Os dois artigos mexeram com a cabeça de pessoas que encontro na rua e que me agarram, dizendo: "Mas... afinal, o que é o amor?" E esperam, de olho muito aberto, uma resposta "profunda". Sei apenas que há um amor mais comum, do dia-a-dia, que é nosso velho conhecido, um amor datado, um amor que muda com as décadas, o amor prático que rege o "eu te amo" ou "não te amo". Eu, branco, classe média, brasileiro, já vi esse amor mudar muito. Quando eu era jovem, nos anos 60/70, o amor era um desejo romântico, um sonho político, contra o sistema, amor da liberdade, a busca de um "desregramento dos sentidos". Depois, nos anos 80/90 foi ficando um amor de consumo, um amor de mercado, uma progressiva apropriação indébita do "outro". O ritmo do tempo acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistério impalpável. Hoje, temos controle, sabemos por que "amamos", temos medo de nos perder no amor e fracassar na produção. A cultura americana está criando um "desencantamento" insuportável na vida social. O amor é a recusa desse desencanto. O amor quer o encantamento que os bichos têm, naturalmente. Por isso, permitam-me hoje ser um falso "profundo" (tratar só de política me mata...) e falar de outro amor, mais metafísico, mais seminal, que transcende as décadas, as modas. Esse amor é como uma demanda da natureza ou, melhor, do nosso exílio da natureza. É um amor quase como um órgão físico que foi perdido. Como escreveu o Ferreira Gullar outro dia, num genial poema publicado sobre a cor azul, que explica indiretamente o que tento falar: o amor é algo "feito um lampejo que surgiu no mundo/ essa cor/ essa mancha/ que a mim chegou/ de detrás de dezenas de milhares de manhãs/ e noites estreladas/ como um puído aceno humano/ mancha azul que carrego comigo como carrego meus cabelos ou uma lesão oculta onde ninguém sabe". Pois, senhores, esse amor existe dentro de nós como uma fome quase que "celular". Não nasce nem morre das "condições históricas"; é um amor que está entranhado no DNA, no fundo da matéria. É uma pulsão inevitável, quase uma "lesão oculta" dos seres expulsos da natureza. Nós somos o único bicho "de fora", estrangeiro. Os bichos têm esse amor, mas nem sabem. (Estou sendo "filosófico", mas... tudo bem... não perguntaram?) Esse amor bate em nós como os frêmitos primordiais das células do corpo e como as fusões nucleares das galáxias; esse amor cria em nós a sensação do Ser, que só é perceptível nos breves instantes em que entramos em compasso com o universo. Nosso amor é uma reprodução ampliada da cópula entre o espermatozóide e óvulo se interpenetrando. Por obra do amor, saímos do ventre e queremos voltar, queremos uma "reintegração de posse" de nossa origem celular, indo até a dança primitiva das moléculas. Somos grandes células que querem se re-unir, separados pelo sexo, que as dividiu. ("Sexo" vem de "secare" em latim: separar, cortar.) O amor cria momentos em que temos a sensação de que a "máquina do mundo" ou a máquina da vida se explica, em que tudo parece parar num arrepio, como uma lembrança remota. Como disse Artaud, o louco, sobre a arte (ou o amor) : "A arte não é a imitação da vida. A vida é que é a imitação de algo transcendental com que a arte nos põe em contato." E a arte não é a linguagem do amor? E não falo aqui dos grandes momentos de paixão, dos grandes orgasmos, dos grande beijos - eles podem ser enganosos. Falo de brevíssimos instantes de felicidade sem motivo, de um mistério que subitamente parece revelado. Há, nesse amor, uma clara geometria entre o sentimento e a paisagem, como na poesia de Francis Ponge, quando o cabelo da amada se liga aos pinheiros da floresta ou quando o seu brilho ruivo se une com o sol entre os ramos das árvores ou entre as tranças da mulher amada e tudo parece decifrado. Mas, não se decifra nunca, como a poesia. Como disse alguém: a poesia é um desejo de retorno a uma língua primitiva. O amor também. Melhor dizendo: o amor é essa tentativa de atingir o impossível, se bem que o "impossível" é indesejado hoje em dia; só queremos o controlado, o lógico. O amor anda transgênico, geneticamente modificado, fast love. Escrevi outro dia que "o amor vive da incompletude e esse vazio justifica a poesia da entrega. Ser impossível é sua grande beleza. Claro que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim, ele busca uma grandeza - mesmo no crime de amor há um terrível sonho de plenitude. Amar exige coragem e hoje somos todos covardes". Mas, o fundo e inexplicável amor acontece quando você "cessa", por brevíssimos instantes. A possessividade cessa e, por segundos, ela fica compassiva. Deixamos o amado ser o que é e o outro é contemplado em sua total solidão. Vemos um gesto frágil, um cabelo molhado, um rosto dormindo, e isso desperta em nós uma espécie de "compaixão" pelo nosso desamparo. Esperamos do amor essa sensação de eternidade. Queremos nos enganar e achar que haverá juventude para sempre, queremos que haja sentido para a vida, que o mistério da "falha" humana se revele, queremos esquecer, melhor, queremos "não-saber" que vamos morrer, como só os animais não sabem. O amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver. Como os relâmpagos, o amor nos liga entre a Terra e o céu. Mas, como souberam os grandes poetas como Cabral e Donne, a plenitude do amor não nos faz virar "anjos", não. O amor não é da ordem do céu, do espírito. O amor é uma demanda da terra, é o profundo desejo de vivermos sem linguagem, sem fala, como os animais em sua paz absoluta. Queremos atingir esse "absoluto", que está na calma felicidade dos animais.


.Arnaldo Jabor.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Crônica de Mim Mesma


A manhã despe-se à minha volta. Uma nesga de sol espreguiça-se no balouçar da cortina, tentando talvez aquecer o frio de uma ternura, que não se faz esquecida, mesmo no cansaço do olhar. O calendário anuncia mais um outono. Há no peito um sentimento que farfalha, ignorando todas as estações. Na brisa do amanhecer, uma esperança qualquer, que não se despede do meu olhar, embora todas as impossibilidades acenem nãos e senões. Em algum lugar dentro de mim, ainda mora um sonho, como se sobrevivesse para escrever outra vez, capítulos da minha história lavrada pela eloquência da realidade e pelos ditames da razão. Não me chega o tempo da quietude. Deserdaram-me a serenidade e a pretensa calmaria, tão anunciada com o advento da tal maturidade. Meus passos nunca reconheceram o caminho que apenas impõe o seguir em frente. Já nem sei, se chegar era meu objetivo precípuo. O que há e o que se faz, quando se cruza a linha de chegada? Empilha-se mais um troféu na prateleira das nossas conquistas? Onde ficam as tantas pequenas vitórias que se saboreiam no decorrer de cada percurso, mesmo quando não se vence, se nos ensinaram que apenas é ganhador aquele que chega primeiro? Como relatar ao mundo, o momento que me detive em meu trilhar, observando apenas o acariciar do vento nas pétalas de uma flor? Como contabilizar isto em perda de tempo, se sequer imaginam os arrepios do meu olhar ou os sorrisos de prazer que aquela imagem me propiciou? Talvez, acusem-me de distraída e inadequada ao momento, que exigia que eu apenas continuasse e que subisse ao pódio. Era isto que esperavam de mim: vencer. Outros ainda dirão que estou fora do padrão estabelecido pelas regras da sobrevivência. Ah, neste aspecto errei a vida inteira. Pequei sempre, quando preferi não tropeçar em meu sentir e escutei o pulsar do meu coração, não somente para constatar que eu vivia. Sempre fui amadora nestes rituais, em que se sacrificam as emoções. Onde a normalidade, quando se põe amarras no peito, calando o som de uma carícia? Nunca compreendi histórias lineares, reações exatas ou gestos estudados. Bem que tentei aprender a disfarçar minha insegurança, o frio no estômago ou o rubor repentino, quando exposta ao espelho do cotidiano. Em quase todas as tentativas neste sentido, falhei. Talvez por isto, tenha me desencontrado muitas vezes de tantas pessoas. Nunca amordacei minhas saudades, nem meu romantismo à flor da pele...sempre despi minhas máscaras, porque era em outro olhar, que eu desejava também encontrar-me e reconhecer-me. Mas meu olhar despido, vezes causou estranheza e constrangimento. Vezes, indiferença e tolos julgamentos. Minhas palavras nunca souberam esconder o segredo de um amor, quando me habitava o corpo, a alma, o sonho. Nunca entendi, o porquê da grande maioria das pessoas entulharem tantos nós no coração. Se ainda fosse o pronome pessoal, mas não! Falo dos fios e, em alguns casos de verdadeiras cordas com amarrações complexas, que nem as próprias mãos sabem ou se dispõem a desatar. E eu, com esta mania esquisita de falar do que sinto pelos lábios, mãos e olhares. E eu, com esta forma estranha de dar reconhecimento do que sinto e por quem sinto. Sempre foi inútil querer silenciar minhas confissões, mesmo se questionada sobre a certeza de um amor. Como se o amor tivesse que ser testado, discutido, dimensionado, adverbalizado e não apenas sentido. Parece que saber de sua existência não basta. Tem que ter certificado de garantia, manual de instruções e, se bobear até posologia. Talvez seja por isto que grande parte de nós, sequer desconfie o que é viver um grande amor. A noção mais próxima deste sentimento fica ladeando as histórias que nos contam, como as vividas por Abelardo e Heloísa, Tristão e Isolda e tantas outras ou nos livros de poemas que lemos no decorrer de nossas vidas. De uma forma ou de outra, a expressão do que sinto fica meio desajeitada neste mundo. E como se não bastasse, ainda flagrei-me a poetisa. Mas quase sempre, a palavra ainda me parece pouca para compreender minha ignorância no universo da emoção. Minha essência é mesmo desnuda. Coração exposto e sem labirintos. Ainda prefiro a minha ternura boba, um perfume de saudade em meu travesseiro, a minha voz entregue para as estrelas, do que viver desabitada de mim mesma.


.Olimpia Souza.

Um Dia...


Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer... Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... Um dia percebemos que o comum não nos atrai... Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom... Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais... Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito... O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras... Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.


.Mário Quintana.

domingo, 20 de setembro de 2009

20/09/2009


Hipocrisia dizer que aniversário significa maturidade; que o aprendizado é ligado somente aos erros cometidos; que errar é crescer. Se todos crescêssemos e aprendêssemos com o que fizemos de errado haveria muitos sábios por aí. O verdadeiro aprendizado é ligado à reflexão daquilo que se foi ou não vivido. Aprendi que quem tem amor tem tudo; seja familiar, namorado, amigos. O amor é o que move a vida e nos faz querer sermos melhor. Aprendi que ser tachado de bonzinho nem sempre é ruim. Aprendi que ser CDF é ótimo. Eles são os que se dão melhor na vida. Aprendi que ler é enriquecimento a nossa vida, de tal maneira que ninguém consegue tirar. E que receber dinheiro por ser inteligente é a forma mais admirável de ficar rico. Aprendi que traição e falta de lealdade são uma das maiores crueldades que se podem cometer ao coração de alguém. Aprendi que a gente se sente muito mal quando nos julgam por certas atitudes; e quem dirá quando o fizemos a alguém. E que olhar torto para alguém não nos faz melhor. Aprendi que existem algumas coisas que não deveriam se guardar no coração, mas são grandes responsáveis pela nossa mutante ideologia. Aprendi que correr atrás do que se quer é preciso sempre; ninguém o faz se não nós mesmos. Aprendi que quem desrespeita idosos são pessoas frias. E que os pais são as pessoas as quais a gente sonha ser igual. Aprendi que sorrir e ser educado são a alegria do dia de alguém, sobretudo da própria realização pessoal. Aprendi que somos eternos errantes. Estamos em incessante crescimento; e só não cresce quem tem a cabeça tão pequena a ponto de achar que o amadurecimento vem junto com os anos.


.Ana Paula Zandoná.





*A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos. Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.


Eu sou feliz e agradeço a Deus.
Parabéns para mim.

sábado, 19 de setembro de 2009

Verdadeiramente Amor


O dia mais belo? Hoje. A coisa mais fácil? Errar. O maior obstáculo? O medo. O maior erro? O Abandono . A raiz de todos os males? O egoísmo. A distração mais bela? O trabalho. A pior derrota ? O desânimo. Os melhores professores? As crianças. A primeira necessidade?  Comunicar-se. O que mais lhe faz feliz? Ser útil aos outros. O maior mistério? A morte. O pior defeito? O mau humor. A pessoa mais perigosa? A mentirosa. O pior sentimento? O rancor. O presente mais belo? O perdão. O mais imprescindível? O lar. A rota mais rápida? O caminho certo. A sensação mais agradável? A paz interior. A proteção efetiva? O sorriso. O melhor remédio? O otimismo.  A força mais potente do mundo? A Fé. As pessoas mais necessárias? Os pais. A mais bela de todas as coisas? O amor..

A inteligência sem amor,  te faz perverso. A justiça sem amor,  te faz implacável. A diplomacia sem amor,  te faz hipócrita. O êxito sem amor,  te faz arrogante. A riqueza sem amor,  te faz avaro. A docilidade sem amor te faz servil. A pobreza sem amor,  te faz orgulhoso. A beleza sem amor,  te faz ridículo. A autoridade sem amor,  te faz tirano. O trabalho sem amor,  te faz escravo. A simplicidade sem amor,  te deprecia. A oração sem amor,  te faz introvertido. A lei sem amor,  te escraviza. A política sem amor,  te deixa egoísta. A fé sem amor te deixa fanático.
A cruz sem amor se converte em tortura. A vida sem amor... não tem sentido...

.Autor Desconhecido.

domingo, 13 de setembro de 2009

Relacionamentos.

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa: - Ah,terminei o namoro... - Nossa, estavam juntos há tanto tempo..... - Cinco anos...que pena...acabou.... - é...não deu certo... Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes voce não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos essa coisa completa. Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível. Tudo junto, não vamos encontrar. Perceba qual o aspecto mais importante para voce e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona... Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate...se joga...se não bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você. E vice versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes voce vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar... Ou se apaixonar... Ou se culpar... Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????? 


.Arnaldo Jabor.

Cada dia que vivemos, é uma Ocasião Especial.


Portanto vamos ler mais e dedicar menos tempo na limpeza da casa. Sentar na varanda e admirar a paisagem, sem reparar se tem ou não ervas daninhas no jardim. Passar mais tempo em companhia da família e dos amigos, e bem menos tempo trabalhando para os outros. Dei-me conta que a vida é um conjunto de experiências para serem apreciadas e não sobrevividas. Agora já não guardo quase nada. Uso copos de cristal todos os dias. Visto roupas novas para ir fazer compras no supermercado, se estiver com vontade de vesti-las. Não guardo o melhor frasco de perfume para as ocasiões especiais, mas uso quando quero sentir sua fragrância. As frases “Um dia...” e “Um dia deste...”, estão desaparecendo do meu vocabulário. Vamos fazer tudo que temos vontade, hoje... Chatearia-me pensar e me deixaria ainda mais tarde saber que deixei de dizer aos meus irmãos e “filhos”, com suficiente freqüência, o quanto amo todos eles. Agora não procuro retratar, esquecer ou servar nada mais que poderia acrescentar sorrisos de Felicidade e alegria a minha vida... Cada dia que passa, digo para mim mesmo que este é um dia especial. Cada dia, cada hora, cada minuto que passa... é especial. Se você recebeu esta mensagem, é porque alguém gosta muito de você e te quer bem, e porque tem passos que você também gosta e ama... Se estiver muito ocupado para dedicar alguns minutos do seu tempo e encaminhar a mensagem para outras pessoas que você ama... ou se você preferir dizer para si mesmo que “assim que tiver um tempinho” a enviará,... “Um dia desses” poderia demorar muito, ou nunca chegar... Esta mensagem contém alimento para alma. Dê aos outros mais do que esperam, e faça isso de bom gosto. Não permita que um pequeno deslize danifique uma grande Amizade. Decore seu poema preferido, ou música que gosta de ouvir. Diga “Eu te Amo”, somente quando seu amor for verdadeiro... E se tiver que dizer: “Eu lamento muito”, olhe bem nos olhos da pessoa. Namore pelo menos seis meses antes de casar! Se não acredita no “Amor a primeira vista”, não zombe dos outros. Ame profundamente e apaixonadamente, você pode se machucar, mas é a única maneira de viver a vida em sua totalidade. Se não estiver de acordo, seja ao menos leal, fale lentamente, mas pense com rapidez... Não ofenda, não julgue as pessoas pelo “O que ouviu falar delas”. Se alguém lhe fizer perguntas que não quer responder, sorria e pergunte: “Por que quer saber?” Lembre-se, um grande amor, assim como um grande sucesso, comporta um grande risco. Quando alguém espirrar, lhe deseje “Saúde”! Sorria quando atender ao telefone: quem estiver ligando vai perceber pela voz. Case-se com alguém que gosta de conversar. Quando envelhecer, a habilidade no conversar será mais importante do que qualquer outra coisa. Lembre-se que o silêncio, às vezes é a melhor resposta. Leia mais livros, assista menos TV, viva uma vida boa e honrável. Mais tarde, quando não será mais jovem e lembrar do passado, vai saber como gozar a vida pela segunda vez... Confie em Deus, mas feche bem o seu carro. Uma casa feliz é o que importa. Faça tudo que estiver ao seu alcance para criar um ambiente tranqüilo e em harmonia. Nunca interrompa alguém que esteja lhe demonstrando afeto... Aprenda todas as regras para quebrar algumas delas... Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor entre duas pessoas é maior que a necessidade que elas têm uma pela outra. 

O Amor Deixa Muito a Desejar

A Rita Lee fez uma música com a letra tirada de um artigo que escrevi, sobre amor e sexo. A música é linda, estou emocionado, não mereço tão subida honra, quem sou eu, quase enxuguei uma furtiva lágrima com minha "gélida manina" por estar num disco, girando na vitrola sem parar com Rita, aquela hippie florida com consciência crítica, aquela hippie paródica, aquela mulher divinamente dividida, de noiva mutante ou de cartola e cabelo vermelho que, em 67, acabou com a caretice de Sampa e de suas lindas "minas" pálidas. A música veio mesmo a calhar, pois ando com uma fome de arte, ando com saudade da beleza, ando com saudade de tudo, saudade de alguma delicadeza, paz, pois já não agüento mais ser apenas uma esponja absorvendo e comentando os bodes pretos que os políticos produzem no Brasil e o Bush lá fora. Ando meio desesperançado, mas essa canção de Rita trouxe de volta a minha mais antiga lembrança de amor. Isso mesmo: a canção me trouxe uma cena que, há mais de 50 anos, me volta sempre. Sempre achei que esse primeiro momento foi tão tênue, tão fugaz que não merecia narração. Mas, vou tentar. Eu devia ter uns 6 anos, no máximo. Foi meu primeiro dia de aula no colégio, lá no Meier, onde minha mãe me levou, pela Rua 24 de Maio, coberta de folhas de mangueira que o vento derrubava. Fiquei sozinho, desamparado, sem pai nem mãe no colégio desconhecido. No pátio do recreio, crianças corriam. Uma bola de borracha voou em minha direção e bateu em meu peito. Olhei e vi uma menina morena, de tranças, com olhos negros, bem perto, me pedindo a bola e, nesse segundo, eu me apaixonei. Lembro-me de que seu queixo tinha um pequeno machucado, como um arranhão com mercúrio-cromo, lembro-me que ela tinha um nariz arrebitado, insolente e que, num lampejo, eu senti um tremor desconhecido, logo interrompido pelo jogo, pela bola que eu devolvi, pelos gritos e correria do recreio. Ela deve ter me olhado no fundo dos olhos por uns três segundos mas, até hoje, eu me lembro exatamente de sua expressão afogueada e vi que ela sentira também algum sinal no corpo, alguma informação do seu destino sexual de fêmea, alguma manifestação da matéria, alguma mensagem do DNA. Recordando minha impressão de menino, tenho certeza de que nossos olhos viram a mesma coisa, um no outro. Senti que eu fazia parte de um magnetismo da natureza que me envolvia, que envolvia a menina, que alguma coisa vibrava entre nós e senti que eu tinha um destino ligado àquele tipo de ser, gente que usava trança, que ria com dentes brancos e lábios vermelhos, que era diferente de mim e entendi vagamente que, sem aquela diferença, eu não me completaria. Ela voltou correndo para o jogo, vi suas pernas correndo e ela se virando com uma última olhada. Misteriosamente, nunca mais a encontrei naquela escola. Lembro-me que me lembrei dela quando vi aquele filme "Love Story", não pelo medíocre filme, mas pelo rosto de Ali McGraw, que era exatamente o rosto que vivia na minha memória. Recordo também, com estranheza, que meu sentimento infantil foi de "impossibilidade"; aquele rosto me pareceu maravilhoso e impossível de ser atingido inteiramente, foi um instante mágico ao mesmo tempo de descoberta e de perda. Escrevendo agora, percebo que aquela sensação de profundo "sentido" que tive aos 6 anos pode ter marcado minha maneira de ser e de amar pelos tempos que viriam. Senti a presença de algo belíssimo e inapreensível que, hoje, velho de guerra, arrisco dizer que talvez seja essa a marca do amor: ser impossível. Calma, pessoal, claro que o amor existe, nem eu sou um masoquista de livro, mas a marca do sublime, o momento em que o impossível parece possível, quando o impalpável fica compreensível, esse instante se repetiu no futuro por minha vida, levando-me para um trem-fantasma de alegrias e dores. Amar é parecido com sofrer - Luís Melodia escreveu, não foi? Machado de Assis toca nisso na súbita consciência do amor entre Bentinho e Capitu: "Todo eu era olhos e coração, um coração que desta vez ia sair, com certeza, pela boca." Isso: felicidade e medo, a sensação de tocar por instantes um mistério sempre movente, como um fotograma que pára por um instante e logo se move na continuação do filme. Sempre senti isso em cada visão de mulheres que amei: um rosto se erguendo da areia da praia, uma mulher fingindo não me ver, mas vendo-me de costas num escritório do Rio... São momentos em que a "máquina da vida" parece se explicar, como se fosse uma lembrança do futuro, como se eu me lembrasse ali, do que iria viver. Esses frêmitos de amor acontecem quando o "eu" cessa, por brevíssimos instantes, e deixamos o outro ser o que é em sua total solidão. Vemos um gesto frágil, um cabelo molhado, um rosto dormindo, e isso desperta em nós uma espécie de "compaixão" pelo nosso próprio desamparo, entrevisto no outro. A cultura americana está criando um "desencantamento" insuportável na vida social. Vejam a arte tratada como algo desnecessário, sem lugar, vejam as mulheres nuas amontoadas na internet. Andamos com fome de beleza em tudo, na vida, na política, no sexo; por isso, o amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver. Todas essas tênues considerações, essas lembranças de lembranças, essa tentativa de capturar lampejos tão antigos, com risco de ser piegas, tudo isso me veio à cabeça pela emoção de me ver subitamente numa música, parceiro de Rita Lee, "lovely Rita", a mais completa tradução de São Paulo, essa cidade cheia de famintos de amor.


.Arnaldo Jabor.